Pois, Café!

Pois, mas não se trata de mais um Café
Todos aqueles que comigo privam sabem da minha busca incessante de anti-rotinas e territórios alternativos
Confesso que vacilei neste primeiro ensaio de colocar o Pois,Café em post - perdoai o egoísmo, mas compreensível à luz da minha jornada quixoteana - tinha que ser quase só meu.

Sobejamente escondido numa das ruas à Sé de Lisboa, o Pois é sobretudo um local de inspiração, de descontração e de partilha. Uma partilha implícita de um momento - um café, um chá, uma refeição caseira, acompanhada de um bom livro (existe cross booking, para os interessados), de um amigo para filosofar sobre a vida...ou acompanhados apenas dos nossos pensamentos - perfeito.

É uma espécie de "casa de nós todos", onde as mesas se partilham, onde cada um está no todo... e à parte, simultaneamente.

São as pequenas coisas que tornam o Pois especial (aliás, como quase tudo na vida)- a mesa de pé alto que acompanha a vidraça encantadora de Alfama; o sofá, as cadeiras de baloiço e a arca ao lado esquerdo onde nos apetece afundar; as mesas variadas e toldadas a antigamente; a cozinha disponível dos tempos da avó ou mesmo já a do imaginário infantil dos livros; a boa disposição das empregadas estrangeiras; uma comida deliciosa e simples; as obras expostas de fotógrafos e outros artistas na grande maioria desconhecidos, mas que sempre nos inspiram

O quadro a giz à entrada dá as boas vindas (tive um igual).

Experimentem um brunch pela manha ou um strudell com chá de maçã e canela pela tarde
Experimentem um livro ou algumas páginas em branco...comecem a ler ou a escrever e delirem à vontade