Vila Flor
Trás Os Montes não tem quase indústria.
É a zona menos poluida do país.
Nas palavras do homem citadino que mostrava a quinta, habituado ao stress da Medicina nas grandes cidades, soava a uma pérola rara.
E é um facto.
Longinqua viagem. Mas do longe se faz perto.

À entrada de Vila Flor, com imensa facilidade encontra-se a Quinta da Pereira. Antigo armazem agrícola, ainda do sec. XIX, passou de geração em geração até chegar às aventureiras mãos de Rosa e Teresa Trigo.
Entrado o portão de ferro, para lá dos muros altos, lugares para sentar e almofadas coloridas dão as boas vindas e deixam adivinhar que, apesar de ser quase noite, vem aí surpresa.
A enorme porta abre para receber os últimos hospedes do dia. Madeira, pesada, nova, elegante.
Lá dentro, à meia luz, os candeeiros, as paredes rosa, os contrastes na penumbra. Sobe-se - o corredor. Quadros fantásticos. Apaixono-me pelo eclipse.
O quarto. Detalhes de bom gosto. A casa de banho - o chuveiro, a bacia em quadrado, o tapete e os detalhes da Zara Home. Mantinhas para o por do sol no alpendre. Apesar do estillo caseiro, vêm abrir a cama, deixar águas e bolachinhas de canela.

Desce-se. Lê-se o jornal. Ou melhor, tenta-se ler o jornal. Tantos detalhes
causam desconcentração. Mais um quadro. Paula Rego 82. Os candeeiros. As rosas. A caixa. A outra caixa. A lareira que espreita das duas salas. O banco. As cadeirinhas. A virgem. Mais quadros. Os sofás. As almofadas. As janelas de portadas enormes. Dormir.

Pela manha, os tons mudam. As portadas abertas invadem de luz as salas. Uma claridade que doi. Mesa do pequeno almoço - a pequena, junto à grande. Mais quadros na parede, de tons rosa e preto. Pratas que contrastam. Cadeiras forradas a tom. E a janela. Do tamanho do mundo, engole a mesa de madeira escura do pequeno almoço e abraça a vista. De perder o pensamento.

Compotas da casa. Pão da "aldeia". Bolo caseiro. Muito mais. Mas os pormenores...
Tenho mais vontade de comer com olhos, as paredes, os detalhes.
É a zona menos poluida do país.
Nas palavras do homem citadino que mostrava a quinta, habituado ao stress da Medicina nas grandes cidades, soava a uma pérola rara.
E é um facto.
Longinqua viagem. Mas do longe se faz perto.

À entrada de Vila Flor, com imensa facilidade encontra-se a Quinta da Pereira. Antigo armazem agrícola, ainda do sec. XIX, passou de geração em geração até chegar às aventureiras mãos de Rosa e Teresa Trigo.
Entrado o portão de ferro, para lá dos muros altos, lugares para sentar e almofadas coloridas dão as boas vindas e deixam adivinhar que, apesar de ser quase noite, vem aí surpresa.
A enorme porta abre para receber os últimos hospedes do dia. Madeira, pesada, nova, elegante.
Lá dentro, à meia luz, os candeeiros, as paredes rosa, os contrastes na penumbra. Sobe-se - o corredor. Quadros fantásticos. Apaixono-me pelo eclipse.
O quarto. Detalhes de bom gosto. A casa de banho - o chuveiro, a bacia em quadrado, o tapete e os detalhes da Zara Home. Mantinhas para o por do sol no alpendre. Apesar do estillo caseiro, vêm abrir a cama, deixar águas e bolachinhas de canela.


Desce-se. Lê-se o jornal. Ou melhor, tenta-se ler o jornal. Tantos detalhes


Pela manha, os tons mudam. As portadas abertas invadem de luz as salas. Uma claridade que doi. Mesa do pequeno almoço - a pequena, junto à grande. Mais quadros na parede, de tons rosa e preto. Pratas que contrastam. Cadeiras forradas a tom. E a janela. Do tamanho do mundo, engole a mesa de madeira escura do pequeno almoço e abraça a vista. De perder o pensamento.



Tenho mais vontade de comer com olhos, as paredes, os detalhes.