domingo, dezembro 03, 2006

La Destrucción creadora de KLIMT





Presente na pouco conhecida “Fundación Juan March”, esta exposição superou a expectativas.

Mostra um pouco da obra deste artista de Viena, fundador do movimento “Secession” (um meio termo entre a tradição e a vanguarda), que foi convidado aos 28 anos para pintar os frisos da aula Magna da nova Universidade de Viena e cujas obras criadas para o efeito geraram elevada controvérsia à época.

Uma peça espectacular – e para cuja descoberta foi fundamental a exlicação da Guia – é um friso enorme que criou especificamente para a Exposição à época sobre Beethoven.

Curiosamente Beethoven foi o primeiro compositor a introduzir a voz humana numa sinfonia – uma inovação e uma “quebra” com a tradição da época, o que se embutia perfeitamente no espírito artístico de Klimt: transgressão de todos os valores convencionais.


Em homenagem, Klimt criou uma peça que representa essa sinfonia. Uma interpretação original que coloca no “papel” a música: o anel da felicidade, a família, a loucura, a doença, a morte, a beleza, a lúxuria, a ambição...(uma zona totalmente vazia do painel, que representa um silência musical, parte da sinfonia) ...e um final agudo representado na cena de um beijo amparado pelo sol e pela lua.

Uma interpretação fantástica pelo que não podia deixar de comprar o livro da exposição.
Eu empresto...vale a pena ler.
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