terça-feira, outubro 17, 2006

Terra Estrangeira




De algum tempo a esta parte tenho tido a oportunidade de verificar os elevados padrões do cinema brasileiro.

Terra Estrangeira trata de uma história simples. Um filme extremanente bem produzido.

Destaco alguns aspectos que marcam

1. Ser a preto e branco.
O que confere uma impressão mais vincada a cada rosto, a cada acção, a cada olhar.

2. Cenários fantásticos de Lisboa. Bela.
Reconheci também imediatamente o Cabo Espichel.
(Portugal é uma tela. Não admira que Joaquim Almeida tenha tido a brilhante ideia de lançar o Alentejo nos braços de Hollywood como os melhores cenários do Mundo)

3. O toque humorístico. Simples...mas no ponto.

4. A comunidade angolana - jeitos, trejeitos, falares - até agora não tinha visto melhor.

5. As cenas mais intimas do filme são altamente sensuais. E este intimismo mostra mais num beijo, numa boca, do que qualquer outro grande plano mais abrangente. O jogo de preto e branco dá o toque ideal.

6. Por último e geniais - os actores. Os actores brasileiros são inegualáveis. Fernando Alves Pinto, Alexandre Borges, Laura Cardoso, entre outros, onde destaco a brilhante Fernanda Torres (filha da genial Fernanda Montenegro e de Fernando Torres)que também já deu cartas no Teatro - quem perdeu "A Casa dos Budas Ditosos" no D.Maria? Soberba. Um apontamento para a notável actuação de João Lagarto.

Relativamente à temática central do filme - terra estrangeira - os brasileiros em terras portuguesas, ela assume não um papel central que afoga um argumento mas como o ambiente que faz crescer as personagens e permite que se revelem.

Somos demasiado bem tratados, como portgueses.
Eles como brasileiros...talvez, se bem que o filme já data d e

É Feliz
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