terça-feira, março 06, 2007

C. Bordalo Pinheiro no MNAC



Interessantíssima a reunião de obras convocada para esta exposição.

Acho que algumas delas poderiam facilmente fazer parte do decorativo de uma possível casa minha - não intentando no seu valor apreciativo. O "período" verde é de um bom gosto de paleta cativante, ou talvez, quem sabe, de bom gosto a decoração e a conjugação das vestes dos retratados. Vi meias de homem azul petroleo (desculpem o pormenor, mas impressionou-me a conjugação. No bom sentido).

Muito embora a exposição tenha sido de agrado, continuo a acreditar que existe um aspecto fundamental a melhorar - a abordagem dos textos. Com efeito, até meio eu ainda li "every single legend". Mas a partir de meio, é de uma repetição imensa, focando exclusivamente o universo técnico do artista e suas influências artísticas, deixando de fora a contextualização histórica e do próprio universo do ser de C.B.P.

Com efeito, são muitos os Museus estrangeiros que já apresentam dupla versão de "visitas" - uma versão mais histórica e uma versão mais técnica/artística. Não que se esperasse que o nosso MNAC tivesse livros de apoio ou mesmo rádios, pois que a dimensão do acervo não o deve ainda justificar ou o tráfego ainda não o permitir. Apenas seria de maior valor ter legendas mais historicamente contextualizadas - pois creio que o público em geral mais facilmente se absorve na História do que se seduzirá por técnica artística - que efectivamente não é da compreensão nem do agrado de todos. Em resumo, mais equilíbrio.



Patente ao público de 16 de Fevereiro a 27 de Maio no Museu do Chiado - MNAC.


E com direito a catálogo.


Agora, um à parte: ouvi dizer que vale a pena a visita ao Museu (do Rafael) Bordalo Pinheiro, em casa antiga no Campo Grande, pela riqueza dos contéudos.
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