Ideal, o raio da Taberna
Esperança, o raio do nome da rua que dá o mote a este novo traço. A esperança de trazer em vizinho a tradição da taberna aberta, da mesa humilde quadrada, dos guardanapos de papel.
Atraca a porta uma cadeira, daquelas dos 4 pregos embutidos, dos meus tempos de escola, embora por irmãs tenha poucas e pseudónias não faltem. As ventoinhas negras no tecto abrisam a pequena e suficiente sala, em qualquer tarde desde tão ansiado Verão.
A ementa lê-se nas paredes, "à la Pois" e salta à vista apetitosa e variada, bem portuguesa, para quem quer petiscar à bom português ou comer um bom bife. A carta vem ainda pouco apressada, num razão já desgastado, em caligrafia que jamais conseguiria repetir - mas atrevo-me a pensar que qualquer criança de 8 anos o faça.
Recomenda-se aos "meninos e meninas", que tratem os empregados pelos nomes. É mais fácil, assim diz. Dois ou 3, vestidos de preto, não propriamente a preceito, mas a tom consensual, variável, aposto, do qual não mudaria uma linha. Disponibilidade, simpatia, tu-a-tu. Ali em casa.
Fala-se em dividir, que os petiscos são variados. Peço antes de tudo um Trevo, e esforço-me para perceber se é alguma gasosa de há 30 anos, da qual eu, por lapso, nunca teria ouvido falar.
As tibornas não podem faltar para começar, e achega-se à mesa um pãozinho alentejano quebrado em queijo de cabra, em humilde prato reluzente de tantas pegas a que já foi, já orfão com certeza. As endívias com queijo da serra(?), regadas a ginginha(?) assolam-se de seguida, com a calma que fez fugir a pressa e trouxe mais um prato sem colecção. Para fechar, um bife à Ideal. Tenro, no ponto. Com tudo a que tinha direito. À portuguesa, com certeza.
Abre-se novamente espaço em gula, para provar, pelo menos um doce. E a tarte de queijo de cabra abre alas para a mesa do canto, junto à porta. Onde a qualquer hora o tempo passa, nem que seja para um café.
Comentamos fascinados, à Tânia, o melhor bife dos últimos tempos.
Agradece com naturalidade.
Pelos posts anteriores compreender-se-á o verdadeiro alcance.
É mesmo, Ideal. Idealmente revivalista.
Com 7 euros petisca-se bem (3,50 uma tiborna, por ex.) , ou come-se um bife por 16. If you want it all...pode chegar aos 20 por pessoa.
Mas é bem dado.
Taberna Ideal
Rua da Esperança 112-114 - Lisboa
1200-658 LISBOA
213962744
Atraca a porta uma cadeira, daquelas dos 4 pregos embutidos, dos meus tempos de escola, embora por irmãs tenha poucas e pseudónias não faltem. As ventoinhas negras no tecto abrisam a pequena e suficiente sala, em qualquer tarde desde tão ansiado Verão.
A ementa lê-se nas paredes, "à la Pois" e salta à vista apetitosa e variada, bem portuguesa, para quem quer petiscar à bom português ou comer um bom bife. A carta vem ainda pouco apressada, num razão já desgastado, em caligrafia que jamais conseguiria repetir - mas atrevo-me a pensar que qualquer criança de 8 anos o faça.
Recomenda-se aos "meninos e meninas", que tratem os empregados pelos nomes. É mais fácil, assim diz. Dois ou 3, vestidos de preto, não propriamente a preceito, mas a tom consensual, variável, aposto, do qual não mudaria uma linha. Disponibilidade, simpatia, tu-a-tu. Ali em casa.
Fala-se em dividir, que os petiscos são variados. Peço antes de tudo um Trevo, e esforço-me para perceber se é alguma gasosa de há 30 anos, da qual eu, por lapso, nunca teria ouvido falar.
As tibornas não podem faltar para começar, e achega-se à mesa um pãozinho alentejano quebrado em queijo de cabra, em humilde prato reluzente de tantas pegas a que já foi, já orfão com certeza. As endívias com queijo da serra(?), regadas a ginginha(?) assolam-se de seguida, com a calma que fez fugir a pressa e trouxe mais um prato sem colecção. Para fechar, um bife à Ideal. Tenro, no ponto. Com tudo a que tinha direito. À portuguesa, com certeza.
Abre-se novamente espaço em gula, para provar, pelo menos um doce. E a tarte de queijo de cabra abre alas para a mesa do canto, junto à porta. Onde a qualquer hora o tempo passa, nem que seja para um café.
Comentamos fascinados, à Tânia, o melhor bife dos últimos tempos.
Agradece com naturalidade.
Pelos posts anteriores compreender-se-á o verdadeiro alcance.
É mesmo, Ideal. Idealmente revivalista.
Com 7 euros petisca-se bem (3,50 uma tiborna, por ex.) , ou come-se um bife por 16. If you want it all...pode chegar aos 20 por pessoa.
Mas é bem dado.
Taberna Ideal
Rua da Esperança 112-114 - Lisboa
1200-658 LISBOA
213962744
Devo dizer que também adoro a comida da Taberna. E acho que o espaço e o ambiente "caseiro/descontraído" me fascinam. Mas a última vez que lá fui foi declarada mesmo como a última. Ficámos com um slot das 20:00, que era seguido por uma mesa às 22:00 e outra às 24:00 (ou coisa que o valha). esta sofreguidão de servir várias mesas numa noite levou a que o serviço descambasse para lá do grosseiro no final da refeição, com as 22:00 a chegar, mas sem atrasos de monta... e não se tratou apenas de um empregado de ocasião, porque mesmo a cozinheira, uma das sócias e das mãos da qual sai uma maravilhosa comida nos tratou muito mal. A Tânia, que tanta simpatia sempre mostrou desapareceu nessa parte... Enfim, deplorável. Já o substitui pela Tasca da Esquina do Vitor Sobral. É assim...