Du Thé
Aceitámos o convite para um chá.
Descemos novamente pelos quase inenarráveis corredores de escadas, até ao piso 2.
O chão era de vidro, olhando com clareza o piso de baixo. As plantas abundam. Um armário imponente de madeira, sofás confortáveis, mesas, tapeçarias de parede, porcelanas e mais outros que tantos decors. Os olhos perdem-se no imenso detalhe enquanto Yann nos serve um chá, em chávenas antigas, às flores, já estratégicamente colocadas junto a cada assento.
Conta-nos que demoliu todo o interior do prédio e o reconstruiu como se de um palácio se tratasse. Conta-nos as dificuldades que teve em pô-lo de pé. Conta-nos que teve vontade de atirar o arquitecto da janela do 3º andar. Que quem salvou a obra foi o Sr. António (creio), um construtor português, que devido à crise, neste momento já está na Bélgica. Conta-nos o não comentável sobre o embaixador português. Conta-nos porque veio para o Marais. E conta-nos porque pretende dentro em breve construir uma casa similar no Chile e deixar Paris.
Este francês - americano, tem pouco do típico francês. Um homem de seus 50/60, é um crítico mordaz (no site, consta que foi Publlisher). Com um sentido de humor irónico surreal. Um aristocrata, chegado ao Conde de Paris, muito bem informado, aliás, de uma cultura geral fenomenal. Delicia-nos com as suas histórias, a sua opinião. O vendome e a mãe, os cães e grandes amigos do dono, roçam-nos as pernas em buscas de festas. Consta que adoram ter gente em casa (pudera, os fantasmas ainda não festas). Abandonamos o chá, apenas pelo cansaço da viagem.
Descemos novamente pelos quase inenarráveis corredores de escadas, até ao piso 2.
O chão era de vidro, olhando com clareza o piso de baixo. As plantas abundam. Um armário imponente de madeira, sofás confortáveis, mesas, tapeçarias de parede, porcelanas e mais outros que tantos decors. Os olhos perdem-se no imenso detalhe enquanto Yann nos serve um chá, em chávenas antigas, às flores, já estratégicamente colocadas junto a cada assento.
Conta-nos que demoliu todo o interior do prédio e o reconstruiu como se de um palácio se tratasse. Conta-nos as dificuldades que teve em pô-lo de pé. Conta-nos que teve vontade de atirar o arquitecto da janela do 3º andar. Que quem salvou a obra foi o Sr. António (creio), um construtor português, que devido à crise, neste momento já está na Bélgica. Conta-nos o não comentável sobre o embaixador português. Conta-nos porque veio para o Marais. E conta-nos porque pretende dentro em breve construir uma casa similar no Chile e deixar Paris.
Este francês - americano, tem pouco do típico francês. Um homem de seus 50/60, é um crítico mordaz (no site, consta que foi Publlisher). Com um sentido de humor irónico surreal. Um aristocrata, chegado ao Conde de Paris, muito bem informado, aliás, de uma cultura geral fenomenal. Delicia-nos com as suas histórias, a sua opinião. O vendome e a mãe, os cães e grandes amigos do dono, roçam-nos as pernas em buscas de festas. Consta que adoram ter gente em casa (pudera, os fantasmas ainda não festas). Abandonamos o chá, apenas pelo cansaço da viagem.