domingo, setembro 30, 2007

E se amanha não existe?

Hoje tentada a pensar: e se nao houvesse amanha?
Tolstoi não tem todas as respostas.
Nomeadamente, onde encontrar o estomâgo nº4.

sábado, setembro 29, 2007

O conto que se cumpre em nós

À parte da indelicadeza das cadeiras, que fazia apenas merecer um intervalo, a peça foi muito interessante.

Sob o tema da pedofilia, uma encenação que chuta no palco um pouco do actor chave de CSI Miami, uns pós da Michelle Pfeiffer e todo o escandâlo Casa Pia - se bem que 1h30 jamais serão suficientes para o abordar de fio a pavio. Interpretação especialmente fantástica do "Zé Maria" - uma criança num adulto fantasticamente trabalhada - os movimentos perdidos, o braço mais afastado, a reacção não pensada, os olhos...
Muito bom trabalho.


HAMELIN.
Artistas Unidos
No Convento das Mónicas.

"Às vezes ouvimos um som aos nossos pés, ou entre as sombras, e temos medo que os ratos já aqui estejam, entre nós. Agora que éramos tão felizes.
Às vezes ouvimos nas nossas costas o som daquela flauta e dá-nos medo de nos voltarmos e reconhecermos os olhos do flautista. E corremos para os quartos dos nossos filhos para ver se ainda ali estão.
Às vezes tememos que o “Era uma vez” nos alcance como uma língua negra. E que, como uma profecia, cumpra o conto em nós. (...)"
André Silva

quinta-feira, setembro 27, 2007

Mais um anónimo

Somos tantos.

Prefiro:

Quando se tem dúvidas a respeito do que se deve fazer,basta imaginar que se pode morrer no final do dia. Então todas as dúvidas desaparecem. E pode ver-se com clareza o que lhe diz a consciência, e qual é o seu verdadeiro desejo pessoal.

Tolstoi


Quando 2 amigas não têm mais nada que fazer...


peanutoak

Coisas bem giras.
Espreitem aqui.



Um "after hours"

Argentina mais perto

Tango Argentino
Universidade de Lisboa - Aula Magna
20.10.2007
Sexta
21h30
217967624

Prata Subterranea

Relembrando, dia 28 a 30 Setembro, das 10h às 18h.
Só uma vez por ano...

Galerias Romanas da Rua da Prata - R. Conceição, 77/R. da Prata

A Gaia das algas

A verdadeira expressão de "misturar as águas".


James Lovelock, pai da teoria de Gaia, e Chris Rapley, director do Museu de Ciência de Londres, propuseram numa carta publicada esta semana na revista “Nature” misturar águas profundas com águas de superfície nos oceanos para reduzir o sobre-aquecimento do planeta. Este, dizem, pode ser um “tratamento de emergência”.

Enormes condutas verticais poderiam, dizem, ser usadas para misturar as águas profundas, ricas em nutrientes, com as águas superficiais. Isto ajudaria à multiplicação de algas à superfície que, através da fotossíntese, podem absorver dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, um dos gases com efeito de estufa responsáveis pelo sobre-aquecimento do planeta.

Segundo a revista “Nature”, estas algas poderiam produzir químicos que favorecem a formação de nuvens, ajudando a arrefecer o planeta.

Esta proposta não passa de uma sugestão e não tem validação científica, sublinham. Mas acontece que “o que está em risco é tanto” que sugerem utilizar a própria energia da Terra para ajudar a “curar” o planeta. James Lovelock é o autor da teoria de Gaia, segundo a qual a Terra é um sistema único capaz de recuperar das perturbações que lhe são infligidas.

“Acreditamos que não vamos conseguir salvar o planeta com as abordagens tradicionais, como o Protocolo de Quioto e as energias renováveis”, comentou James Lovelock à BBC News. Os dois cientistas duvidam que os planos actuais para reduzir as emissões consigam ter efeitos a tempo.

Mas não é nova a ideia de fertilizar o oceano para aumentar a sua produtividade biológica e reduzir o CO2 na atmosfera. Além disso, é apenas mais uma das controversas técnicas propostas para arrefecer o clima, como a colocação de espelhos reflectores da luz solar no espaço.

Esta semana, cientistas e políticos estão a debater aspectos científicos e legais implicados na fertilização dos oceanos numa conferência em Massachusetts, no Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI).

Uma empresa norte-americana, a Atmocean, já começou a testar uma tecnologia semelhante às condutas verticais de Lovelock e Rapley. O director da Atmocean, Phil Kithil, estima que pôr em funcionamento 134 milhões de condutas poderá absorver um terço do CO2 emitido pelas actividades humanas no espaço de um ano.

Rapley não acredita que esta seja a resposta certa para o problema do sobre-aquecimento do planeta mas permite ganhar tempo enquanto a sociedade desenvolve uma resposta mais completa.


In Publico


terça-feira, setembro 25, 2007

Provas de Chocolate


26 de Setembro, Quarta-feira, 19h00
Está a acontecer...agora.

Apresentação

Colecção Rain of Stars

No 150º aniversário daNeuhaus, nove dos mais célebres chefes de cozinha internacionais reuniram-se para criar inéditas combinações entre chocolate e cozinha.



Venha conhecer a exclusiva colecção Rain of Stars e provar as criações de:

Raymond Blanc - Le Manoir aux Quat’Saisons – REINO UNIDO
Pierre Wynants - Comme chez Soi - BRUXELAS
Marc Veyrat - La Maison de Marc Veyrat - FRANÇA
Peter Goossens - Hof van Cleve - BÉLGICA
Pedro Subijana - Akelare - ESPANHA
Tateru Yoshino - Park Hotel Tokyo - TOKYO
Jean-Claude Bourgueil - Im Schiffchen - ALEMANHA
Daniel Boulud - Daniel – NOVA YORK
Guy Savoy - Guy Savoy - PARIS


Os mais ageis, corram para a DeliDelux.
Mercearia, Charcutaria, Cafetaria

Av. Infante D. Henrique Armazém B Loja 8
1900-264 Lisboa
Portugal
T.: +351 218 862 070
F.: +351 218 861 964
geral@delidelux.pt

Santa Apolónia

Rego Espanhol

"Nacida en Lisboa en 1935 pero formada en la Slade School of Art (1952 – 1956) de Londres, donde se instala definitivamente en 1976, deja translucir en su obra su solitaria pero mágica infancia en Portugal. En los sesenta se deja llevar por la virulencia del swiming London, mezclando “collage” y dibujos, acercándose así a las propuestas del art brut, pero progresivamente opta por los grandes formatos: en ellos estructura relatos, donde cuenta historias que podemos reconocer como nuestras. A finales de los setenta estas obras simbólicas alcanzan su plenitud ayudadas por la ola neo-figurativa. Representaciones inconscientes que transmiten pensamientos y experiencias que seguramente no seríamos capaces de articular por medio de la palabra. Paula Rego recorta sus figuras en un espacio ilusionista humano y conmovedor. "

dónde
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, c/ Santa Isabel, 52
917 741 000
cuándo
Hasta 31 Dic. L/S 10-21h. D/ 10-14´30h. M/Cerrado
cuánto
6 euros

E dou por mim a fazer planos de Madrilizar para ir ver a maior exposição da nossa portuguesissima Paula Rego.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Rezar no prato


Confesso que quase não me recordo de Fátima. Já lá vão imensos anos.
As ruas não transpiram. Estatelam-se de prédios cinzentos, onde um arrebite de cor é projectado pelas cortinas vermelhas de uma casa de chá, por sinal, bem convidativa.

Não apetece propriamente parar em qualquer lado. À saida, em direcção a Ourém apraz-me muito mais uma Igreja. Sozinha. Parece que menos vendida, ou menos sugada pelas multidões. Apeteceria-me muito mais aí acender uma vela. Como se de todos os pedidos, tive assim mais probabilidade de ser atendido. Do lado direito, acende-se uma loja de artesanato que vale a pena. Na porta atrás, uma placa branca alva riscada a preto: Tia Alice.

Entramos pela porta a dentro. Vazio. Branco. Descemos as escadas forradas a madeira. Vazio. Branco. Penso que estamos enganado
s.
Abrimos a última porta. Branco. Como quem passa para lá do espelho. E abre-se um recanto animado, de mesas ocupadas apesar da tardia hora. São 15h e é possível ainda almoçar. Uma mesa sozinha, redonda, de canto, mas encantada, no centro da pequena mas acolhedora sala, é a única especialmente livre. Perfeito.

Outra vez o pormenor dos candeeiros. Pendurados no tecto, lampadas com pano cru. Toalhas brancas, mesa bem posta. Apetece sentar. As manteigueiras dão o ponto de chá. Delicadas, mas gozonas, apresentam-nos as lendas e contos, em forma de simbolo enigmático e de algumas palavras. Compram-se na loja ao lado...
A comida desfila em redor e apetece escolher, pedir. Comer. Comer com os olhos primeiro.

Comida óptima, ambiente óptimo. Sobremesas deliciosas. 16H30 e não nos apetece levantar.
Café. Branco novamente. E porta fora.
A repetir.

Rua do Adro, 152 - Fátima
Tel. 249 531 737
Encerra domingo ao jantar e 2.ª

quinta-feira, setembro 20, 2007

Gorgeous

Este é o meu Outono...

" Gosto do Outono, esta estação triste convém às recordações. Quando as árvores já não têm folhas, quando o céu conserva ainda, ao crepúsculo, o tom rubro que doura as ervas murchas, é bom ver apagar-se tudo o que ainda ontem em nós ardia."

Flaubert
Novembro

Não há paz


É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That’s it
There is no way
It over, Good luck
I have nothing left to say
It’s only words
And what l feel
Won’t change
Everything you want to give me
It too much
It’s heavy
There is no peace
All you want from me
Isn't real
Expectations
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who poisoned you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
so many special people in the world in the world

All you want
All you want
Tudo o que quer me dar /Everything you want to give me
É demais / It too much
É pesado / It’s heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais/ isn't real
Expectativas / Expectations
Desleais

Now were Falling into the night
Um bom encontro é de doïs
Arayes


Vanessa da Mata no seu melhor.
E Ben Harper.

terça-feira, setembro 18, 2007

Peças que falam.


"O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) fecha as suas portas às 18 horas, excepto na última quarta-feira do mês, dia em que os visitantes são convidados a ficar, ou a entrar, para uma viagem guiada por alguns dos tesouros artísticos mais relevantes deste museu."

Parece-me muito bem. Mais do que bem.


HUMMM


Mosteiro dos Jerónimos...

After Party

Indiferença

O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.

Érico Verissimo.
Love e-Mag

terça-feira, setembro 11, 2007

Tipe O Negative

Bem vistas as coisas, não é que eu me considere uma raridade...

Secret for me & Save you from madness

Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me

So use it and prove it
Remove this whirling sadness
I'm losing, I'm bluesing
But you can save me from madness

Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me

So save me I'm waiting
I'm needing, hear me pleading
And soothe me, improve me
I'm grieving, I'm barely believing now, now

When you are flying around and around the world
And I'm lying alonely
I know there's something sacred and free reserved
And received by me only






So use it
and prove it


quinta-feira, setembro 06, 2007

Perto da Roca





O caminho para o Cabo da Roca, junto ao mar.
Por meio de rua de terra que de certo não sei voltar, encontra-se, só para quem conhece, um verdadeiro achado.
Escondido pelos muros altos, discretos, e pela densa vegetação, o Moinho de D.Quixote é um poiso à parte. Uma decoração exótica. Um strudell de maçã divinal. Óptimo para um lanche pela tarde, jantar, um chá à noite. Uma vista para o mar adensada pelas plantas, gaiolas, árvor
es que brotam pelo espaço.
PS. Não tem multibanco.

De carro mais para baixo, o Cabo da Roca. Nevoeiro e sol. E vejam o resultado.




terça-feira, setembro 04, 2007

Douro Vinhateiro

Caminhando em direcção à Régua, ainda longe de Marialva, as vinhas do Douro começam a cercar a paisagem para lá de Foz Côa. Plantadas em sulcos, como aqueles que ao vagar do pensamento se traçam nos castelos de areia da praia, as vinhas do Douro marcam anos e anos de trabalho árduo. Voa o nosso olhar como se acompanhasse o rio, até ao Pinhão. Até mesmo à Régua - que não recomendo. Fiquem pelo meio do caminho, em Armamar, a almoçar ou jantar à beira rio, no D.O.C.

Um achado no meio do nada. Comida gourmet, óptima. A vista não vale mencionar. A decoração muito sui generis e sofisticada. E para quem tem barquinho, basta atracar quase à porta.

Não posso deixar de colocar aqui o pormenor "candeeiros".



D.O.C.
EN 222 - Folgosa do Douro
Armamar
Tel. 254858123

Trancoso

Esqueci ainda de mencionar que Trancoso ficou sexy.
Deve ter sido a partir do momento em que o homónimo brasileiro começou a ser paradeiro chique.

Bom, a verdade é que à noite é muito engraçado. Castelo iluminado e é muito simpático passear na Vila.

Recomendo o Restaurante Agua Benta. Um espaço que me parece recente, com comida típica muito boa.

Durante o dia, para ir ao encontro das "sardinhas" - um doce típico, vale a pena descobrir O Magriço, nem que seja para um scone quentinho, bem escondido numa ruela.

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