A propósito da ansiedade e da velocidade locomotiva

" A Felicidade exige valentia

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tormar um autor da própria história. E atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis, no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo-as todas, uma dia vou construir um castelo..."


Nada como uma pausa para escrever e relembrar FP, depois de semanas de fora do mundo

Nove Rainhas

Eis mais um exemplo de porque continuo a defender a genialidade do cinema sul americano.

O imprevisível.

Teatro no Prato

Na Rua da Barroca, 49, temos um espectáculo à la carte.
EScolhe-se o menu e só se paga o que se consome.

De entre outros "pratos", destaca-se:

"Queres conhecer-me-te?"
"Pequena Inconsequência"
"Vou Ali e Já Venho"
"O Mundo é Meu"

Tudo "confeccionado" pela Associação a Truta.

Nota: cada refeição completa custa em média 7,5 euros.

Uma proposta a degustar até dia 4 Novembro.

Terra Estrangeira

De algum tempo a esta parte tenho tido a oportunidade de verificar os elevados padrões do cinema brasileiro.

Terra Estrangeira trata de uma história simples. Um filme extremanente bem produzido.

Destaco alguns aspectos que marcam

1. Ser a preto e branco.
O que confere uma impressão mais vincada a cada rosto, a cada acção, a cada olhar.

2. Cenários fantásticos de Lisboa. Bela.
Reconheci também imediatamente o Cabo Espichel.
(Portugal é uma tela. Não admira que Joaquim Almeida tenha tido a brilhante ideia de lançar o Alentejo nos braços de Hollywood como os melhores cenários do Mundo)

3. O toque humorístico. Simples...mas no ponto.

4. A comunidade angolana - jeitos, trejeitos, falares - até agora não tinha visto melhor.

5. As cenas mais intimas do filme são altamente sensuais. E este intimismo mostra mais num beijo, numa boca, do que qualquer outro grande plano mais abrangente. O jogo de preto e branco dá o toque ideal.

6. Por último e geniais - os actores. Os actores brasileiros são inegualáveis. Fernando Alves Pinto, Alexandre Borges, Laura Cardoso, entre outros, onde destaco a brilhante Fernanda Torres (filha da genial Fernanda Montenegro e de Fernando Torres)que também já deu cartas no Teatro - quem perdeu "A Casa dos Budas Ditosos" no D.Maria? Soberba. Um apontamento para a notável actuação de João Lagarto.

Relativamente à temática central do filme - terra estrangeira - os brasileiros em terras portuguesas, ela assume não um papel central que afoga um argumento mas como o ambiente que faz crescer as personagens e permite que se revelem.

Somos demasiado bem tratados, como portgueses.
Eles como brasileiros...talvez, se bem que o filme já data d e

É Feliz

Metrics

"There is a lack of credible metrics that measure the contribution oh human capital to a business´s success."
Frank DiBernardino

O tempo perdeu-se em Cacela

Conforme ditam os costumes da terra, a casa dificilmente não seria azul.
A pintura exterior facilmente a denuncia na pequena aldeia de vista morna e apaixonante que é Cacela Velha.


Num lugar que transpira a idade do tempo, foi erguido um local especial a partir de uma casa antiga - um pequeno bar/café, de decoração fusionada, extremamente cozy, que expõe quadros de artistas, vende bijuteria artesanal e outros alimentos da terra.


Confirmo.Um autêntico achado.


Os sofás, cada um de sua nação, o pufs de verga, as mesas de ferro, criam o ambiente e o aconchego possível para que o tempo passe devagar, devagarinho, como se quer Além Tejo.

Living, Travel, Evasões...são curiosamente (ou não) as revistas "de apoio". Paralelamente existem diversos livros sobre a cultura local.

Os chás são variados - bons, mas o que realmente não se deve perder serão os doces regionais que todos os dias dispõem (a não falhar a tarte de amendoa).

Uma descoberta em plena terra do nada, junto a Altura, a caminho de Cabanas de Tavira.

Eis um "Pois Café" Além Tejo que traz um sabor especial às viagens ao Algarve.

Um vício, uma segunda casa.

LOVE LETTERS

Uma peça de A. R. Gurney
Teatro-Estúdio Mário Viegas

"Para assinalar da melhor forma a reposição desta peça em estreia numa palco da capital, far-se-á um preço especial para as sessões dos dias 11 e 15 de Outubro, pelas 21h e 17h respectivamente, de 6 euros."

"A peça de A. R. Gurney, Love Letters conta-nos duas histórias de vida.

De um modo insólito, revelando uma enorme perspicácia, a peça oscila entre dois pólos - Andy e Melissa - mostrando leituras e escritas distintas.

Andy é a representação do homem americano: tecnocrata, sério, cínico, cioso do seu dever de homem de sucesso e de pater famílias, mas que acalenta o tímido sonho de viver alguns momentos de felicidade.

Melissa é a imagem da mulher intelectual, consciente da sua importância na sociedade, inteligente e ousada, mas que assume a sua vulnerabilidade apesar de não desistir da liberdade de ser quem é.

Amigos, namorados, amantes, irmãos e cúmplices, Andy e Melissa alimentaram ao longo de mais de 50 anos uma relação forte e densa, mantida maioritariamente por carta."


Atrevo-me a dizer que agora podia existir a versão mail ou msn - que no entanto - não creio que alguma vez poderão substituir a dedicação de uma LOVE LETTER.

A ver, e a aproveitar o preço.

José Pedro Croft

E porque não um dia dedicado à Arte?

Até 7 de Janeiro no Centro de Arte Moderna, desenhos e gravuras de grande escala do conhecido escultor português (gravuras recentes impressas em Barcelona com o consagrado Tristan Barbara).


Lisboa, Fundação e Museu Calouste Gulbenkian - Av. Berna, 45A
De 10-10-2006 a 07-01-2007 Terça a domingo das 10h00 às 18h00

Open House

Parece-me que isto pode ficar a caminho de Sintra:


"Depois da sua inauguração em Junho, a Ellipse Foundation renova e mostra mais obras da sua colecção, muitas delas recentemente adquiridas. A exposição - cerca de 200 obras de 80 grandes nomes da arte internacional dos últimos 20 anos - divide-se por dois locais: o Centro Cultural de Cascais e o Art Centre da Ellipse Foundation em Alcoitão. Até 1 de Abril de 2007.

No Centro Cultural de Cascais podem ser vistas obras de de autores que utilizam o meio fotográfico como Jeff Wall, Catherine Opie, Thomas Struth, Rineke Dijkstra, Gillian Wearing, Jack Pierson, Olaf Breuning ou Collier Schorr - mas também esculturas/instalações como "Woman nº10" de Thomas Schutte, exposta no exterior do edifício da Gandarinha.

No Art Centre da Ellipse mantêm-se as grandes instalações da exposição inaugural, como "Concrete Shock" de Thomas Hirschhorn, ou as obras de grandes nomes como Cindy Sherman e Richard Prince. Mas juntam-se-lhes obras nunca vistas em Portugal de Sherrie Levine, Glen Ligon, Adriana Varejão, Jimmy Durham - e ainda duas obras "de peso": uma tripla projecção da finlandesa Eija-Liisa Ahtila, "The Wind", e um núcleo de obras do mexicano Gabriel Orozco que inclui uma peça charneira da sua carreira, "Ping Pong Table" (uma mesa de ping-pong "alterada" para quatro jogadores com um lago cheio de lírios na sua parte central)."

In PUBLICO.PT

Alcoitão, Ellipse Foundation - Art Centre - Rua das Fisgas, Pedra Furada
De 15-10-2006 a 01-04-2007
Sexta, sábado e domingo das 11h00 às 18h00
(Inaugura dia 15 de Outubro das 12h às 16h.)

Não "Basta"

Um restaurante, casa de chá, café, bar, em plena Estefânia, onde outrora se edificava o Museu dos Correios e que actualmente se aninha num Teatro.

Uma casa antiga, escondida que soube bem descobrir e onde se facilmente nos perdemos no tempo. Os pormenores dos tectos, das paredes e a simplicidade decorativa - mas minimamente cuidada, fazem deste um local cozy, com um certo charme. O jardim é quase único nesta zona da cidade. Refira-se a originalidade das mesas de ferro que populam.

Come-se bem. Experimentar a sala de legumes cozidos. As massas não deixam ninguem com fome. As entradas são boas. Bom, com efeito não é nenhuma maravilha gastronómica, mas vale pelo sítio.

Definitivamente um bom local para tomar um chá. Acompanhado de um crumble de maça, para os mais gulosos.

Casa dos Dias da Água
213140352
Lisboa, R. D. Estefânia, 175

AMOR-TE

Como encarar a morte?
Conseguir ultrapassar o medo e contemplar o seu rosto

Dois jornalistas decidiram acompanhar 24 doentes em estado terminal fotografando-os antes e depois da sua morte.

Uma iniciativa de apoio à AMARA - Associação pela Dignidade na Vida e na Morte
(missão: acompanhamento de doentes em estado terminal, familiares e amigos, prestando-lhes apoio e aconselhamento do foro psico-existencial)


"Uma exposição onde a vida o amor e a morte se espelham em cada um dos rostos retratados"

3 a 28 Outubro
Museu da Água * Mãe D´Água das Amoreiras
Exposição Fotográfica
10:00 às 18:00

www.amor-te.com

A Song of Two Humans (1927)

Um filme estrondosamente MUDO.
Fantástica a interpretação, que sem recorrer a mímicas exactas, consegue facilmente contar a estória pretendida.

Simples, na sua essência, a estória assume os contornos de uma realidade intemporal, através do confronto de elementos básicos como a vida e a morte, a noite e o dia, o vício e a virtude, a cidade e o campo, os ricos e os remendados.

Interessantes alguns pormenores:

O pequeno texto que acompanha a estória, que se anima conforme o sentimento
A candeia que alumia a casa que hospedou a rapariga da cidade
O café onde foram comer algo - charming
O barbeiro! Aposto que vai ser um luxo nos próximos anos
O fotógrafo - original a maneira de "seeze the moment" ou "freeze the moment"

Janela Indiscreta

Incómodo mas inteligente o local escolhido, discreta a esplanada que nos acolheu e que quase passou despercebida à chuva - mas menos à cacimba das infantis 22h30 - viu-se/reviu-se a "Janela Indiscreta"

Soberbo filme.
Recuso a catalogar a perspectiva "voyerista" que a maioria dos comentários assume.
Creio que se trata de uma inteligente metáfora para recriar aquilo que é, no fundo, o real na espécie humana.

A observação de outros da nossa espécie - a curiosidade sobre o comportamento humano (como é que nós podemos interagir e o que impactos pode ter a nossa intervenção). Todos nós temos um pouco de Jeff em nós. Basta verificar que, tal como ele, passámos o filme literalmente agarrados ao ecran. Até o interlúdio seria atirado porta fora para podermos ter de novo a nossa janela.

A janela é em si discreta, sendo que marca pela enorme dimensão e os "estores" que mais me parecem de palhinhas, de uma geração mais sec. XXI.

Os pormenores são deliciosos - e para quem revê o filme mais que 2 vezes, de certo que os encontra molhos.

E a nossa própria janela é a de todos os dias: uns mais curiosos outros menos, uns mais atentos, outros nem tanto, uns mais interventivos e outros mais introvertidos.

Curioso verificar que por vezes a atenção demasiado concentrada "lá fora" esquece pormenores importantes do mundo "de dentro", cria bloqueios - pelo que o para "entrar" é preciso "riscar" lá fora - e eis a nossa Grace Kelly pendurada numa janela para se fazer notar

O Retrato de Dorian Gray - Cinemateca

Caríssimas,
(saberão vocês identificar-se muy perfeitamente)
Este post quer dizer que vamos ter que simplesmente: encontrar tempo.

Sexta, 13 Outubro, 15h30

A little bit of fun

Não resisto.
A marca tem tido uma estratégia de diversificação interessante e ao que me parece à primeira vista, coerente e bem sucedida.

Não que faça muito o meu gosto mas, eis uma peça engraçadíssima para aflorar a nossa meninice: uma couvert de gelo lego.

http://shop.lego.com/product.asp?p=4277645

Sunrise - F.W. Murnau

"Considerado por muitos o mais belo filme de sempre"

Disposta a comprovar.
ESTA quarta, 4, 21h30
Imperdível.
Cinemateca.
(Asseguro que não é na esplanada)