terça-feira, julho 29, 2008

Singular

"Não deixará nunca de nos surpreender o carácter único de cada ser humano. Não deixará nunca, no ser humano, de nos surpreender a diferença, a dissemelhança, a diversidade: nenhum gesto se repete; nenhum rosto se repete. Talvez seja isso, o reconhecimento dessa diversidade, que nos faz mais iguais. Digo eu."

By JCB

De volta à Casa Azul

Mais um ano e de volta à Casa Azul.
Atrai-nos uma certa misticidade de Cacela Velha.


A Casa Azul virou restaurante, mantendo no entanto o conceito do chá do aconchego no sofá. E da arte palpitante em volta, nas paredes nuas. Exploram o terraço, com um portfólio de comida mais alargado.


Um queijo de cabra delicioso. Uma sopa exótica de cenoura e gengibre.Umas tostas ricas em pão alentejano. Uma salada digna.Uma tarte de amêndoa deliciosa, como sempre.

Como sempre, também a voltar.


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Como en los libros

Hablaban de aquel tiempo como si la
vida no hubiese pasado ni antes ni después
de la nieve descendiendo de las cumbres, de la lluvia entrando lentamente
en los bosques de abedules, de las navajas
cortando la corteza vaporosa de los berros, de las aguas
de las presas, de las tablas cortadas a escuadra
bien apiladas en los patios. ¿Cómo decir de otro modo
que la vida puede ser un rostro,
una única lágrima, una única
voz que ningún párrafo devuelve?


José Carlos Barros
traduzido por Manuel Moya

[o que não se pode dizer]

JCB percorria toda a casa. Assinava todos os quadros.
Indagava-me quem seria JCB. Todos os quadros da casa.
Primeiro encontrei "O que não se pode dizer".
Depois encontrei o segundo, em jeito de declaração.
Estranhei. Mas que estranho haveria de ser. Seria um pintor que lhes teria agradado e a quem tivessem comprado vários quadros.

Estranhei a personagem encantada que nos aborda na sala, que na sua simplicidade e simpatia nos fala das aventuras do carro do amigo, o da paixão por Lagunas. Um homem interessante, o do brilhozinho dos olhos de quem sonha. Não sei explicar como vejo isto. Sai de copo na mão. Volta para a companhia do seu computador. Ou dos seus amigos.

E fala-nos a N. que toca viola. Que veio de Trás Os Montes. Que canta, que fica até altas horas. E notamos que escreve.

"O Zé gosta disto", diz a N.

E hoje, verificando quem era o vice presidente da Camara de Vila Real, descubro que JCB - afinal o" Zé", é "
um dos melhores e simultaneamente mais discretos poetas portugueses das gerações mais jovens", com livros editados, vice presidente da Camara de VRSA, Arquitecto Paisagista. JCB pinta ainda e toca viola. E tem um blog. Fiquei apaixonada pela obra.


"Moradas Inúteis" - um dos seus livros.

segunda-feira, julho 28, 2008

Casa de Cacela

Cacela Verde é uma inspiração. Um Algarve alentejano.
Onde desaparece o corre-corre, onde o betão ainda não comeu o pasto por inteiro, onde o silêncio é ainda de ouro.

Em Vila Nova de Cacela, no
lado de lá da estrada, para dentro, encontramos a Casa de Cacela.
Um projecto com cerca de 3 anos, um casa rústica, decorada com muito gosto e adornada com a simpatia de quem a estima.

O quarto destinado era Pêssego. Paredes purpura contrastavam com as madeiras escuras, castanhas, as portadas verdes, as colchas e almofadas de outro tom. Tudo parece colocado ao detalhe, os cabides alinhados, para o mesmo lado, de madeira escura. A colcha branca, guardada para tempos mais frescos. Ar condicionado, televisão, som, porta para a piscina e porta para o interior da casa. Ao fundo, a casa de banho laranja, é pequena mas suficiente. Atoalhados bordados com a identidade da casa, um pormenor.

Adormecemos ao som de nada e acordamos no silêncio mudo, apenas rompido pelo delicioso tilintar dos talheres de quem nos põe a mesa no páteo para o pequeno almoço. Uma mesa corrida dentro de casa oferece-nos as melhores compotas algarvias - caseiras, claro está - pão fresco, croissants, pães de leite, qiejos de várias nações, cereais, iogurtes, fiambre, papaia, manga, kiwi, ananás, bolachas de água e sal, tostas, café, leite, sumo natural. Perdi-me diariamente pelo doce de figo com queijo de cabra fresco.

A casa é grande, os quadros predominam. Assinados "JCB". Falam espanhol. Encontro um que só de lado, em posição especial, consegui decifrar manchas. Letras. Português. Uma declaração de amor?
"oh Bela"

Outra, sem palavras.

A sala do fundo, junto a um bar self service (águas, bebidas, café expresso, etc.), muito acolhedora nos seus tons de ferrugem, acolhe a lareira que promete dias de Inverno no seu aconchego.


Do jardim de relva bem cuidada, brota a piscina sempre
fresca e as cadeiras, bancos, mesas acompanham nos verdes e amarelos e fazem esquecer a praia.


















A voltar certamente, contando com a
hospitalidade da N. e da A.
Casa de Cacela



"Às vezes é como se a vida pudesse fazer sentido"

JCB

Aqui faz.

Lousal, na voz e no tempo

O Lousal deixa saudades. A certeza de comer bem, na tradição, no sabor e ate na inovação alentejanas. Voltando ao Lousal - nada melhor que a caminho do Algarve, desviar da A1, em direcção a Grandola, apanhando a nacional, e a 10km, ei-lo. Da última vez fomos brindados com os cantares de um grupo de mulheres, de qualquer outra terra (cuja camioneta aguardava pacientemente pelo final de um longo almoço) que se inspiraram ao almoço com a soberba comida alentejana, assim como pela comida fantástica e pela simpatia dos empregados.

Desta vez, porta adentro, antes das 15h, a luz apagada para evitar o calor, dava o mote para a frescura das paredes altas e o apreço da comida vindoura. Ainda mal o pão na mesa, e o sorriso rasgado nos olhos pintados com acerto da empregada de mesa (que mais nos parece reconhecer), olho em volta, estranho uma mesa vagamente concentrada. Perco-me nos tectos, nos detalhes da pintura floral nas cadeiras, nos quadros nas paredes de fotografia a carvão e entro tela a dentro. Acordo meio sobressaltada, canta-se em pleno almoço. Vozes lindissimas, afinadas, da mesa concentrada de frente. Apeteceu-lhes, pelos vistos é da praxe. 7 minutos depois, já perdida num queijo de ovelha, retoma a melodia. E mais outra. E mais outra. Uma pausa longa entre cada uma, para respeitar os que demais também almoçam. E mais outra.
São o grupo coral Os Mineiros do Lousal. Almoçam discretamente, enquanto nos fazem dançar no tempo das suas vozes inesquecíveis.
Encantadora experiência.


Restaurante Armazém do Lousal

domingo, julho 20, 2008

Alive@Cacela









Não passem palavra.
Keep it a secret...

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Chocolate do Princípe

Bom, lá vem uma alternativa ao Cacao Sampaka das Amoreiras.
Instaladinho no Princípe Real, é a primeira e única loja do famoso chocolate de S. Tomé e Princípe. Porque nós portugueses devemos ser cá uns gulosos...



"O espaço é moderno, predominam as linhas direitas e os tons neutros, e minimalista. São os chocolates e o café que estão em destaque. E o nome explica porquê, ou não fossem os chocolates Claudio Corallo uma referência incontornável para os amantes do chocolate. Esta é a primeira loja da marca. Aqui, ele vem no seu estado puro, sem aditivos, aromatizante e até mesmo sem açúcar se o cliente assim o desejar. Directamente de São Tomé e Príncipe para o Príncipe Real em Lisboa, é uma iguaria que torna esta loja um ponto de paragem obrigatório. No Verão, os gelados e sorvetes de chocolate vem mesmo a calhar."

A experimentar.

Corallo Cacao e Café - Loja Gourmet
Rua Cecílio da Sousa 85 - Lisboa
1200-010 LISBOA

sábado, julho 19, 2008

Party Animal?

Diz-nos o Le Cool...

"É tão bom haver uma casa assim grande na avenida, cheia de quartos e salas, onde podemos andar livremente de um lado para o outro. É tão bom poder andar de quarto em quarto, de surpresa em surpresa, e ficar por lá se gostarmos do que estamos a ouvir ou procurar outro se não gostarmos. É tão bom poder ficar no corredor a falar com quem passa. É tão bom poder conhecer tanta coisa nova e sonhar como seria a avenida se todas as casas devolutas fossem assim, umas com concertos, outras com outras coisas. Considerem-se avisados. Depois não venham dizer que estas coisas giras e originais só acontecem lá fora. /Carlos Ramos"

Pensei que era só o pessoal de Erasmos que organizava cá estas cousas...

Quem alinha?

Alguns cursos de Cozinha da QB que me parecem muito interessantes:

Um Cogumelo Tra La La
"Venha aprender a fazer receitas originais e muito saborosas utilizando diferentes tipos de cogumelos...Portobello, Marron, Shitake, Orelha...entre outros...
Estas são algumas ideias de Prudence Fuller...
Dia 27 de Outubro das 19h00 às 21h00 - valor 40€"


Chèvre Obession
"Prudence Fuller preparou-lhe várias receitas utilizando um só elemento: o Queijo Chèvre...
Originais entradas...diferentes pratos principais...e deliciosas sobremesas...não perca esta oportunidade!
Dia 29 de Setembro das 19h00 às 21h00 - valor 40€
"

Finger Food
"Venha aprender a fazer pequenas delicadezas para um jantar diferente sugeridas por Paulo Morais..."
Dia 8 de Outubro das 19h00 às 21h00 - valor 40€"


Aguardo notícias.
I´m in.
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